Pimenta doce gera receita e vira cartão de visita de Primeiro de Maio

Parece um pimentão verde, mas é, na verdade, uma pimenta que, digamos assim, não é bem uma pimenta. De gosto adocicado e longe de ser ardida, a pimenta doce ou americana faz sucesso em Primeiro de Maio. Tanto que a receita da iguaria frita, cortada em rodelas e servida com pouco sal, corre de boca em boca entre as pequenas quadras do município, sendo o grande cartão de visitas da cidade de pouco mais de 11 mil habitantes, próxima à Londrina, na Região Norte.

Dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) apontam que o município produziu 700 toneladas de pimenta doce no ano passado, com valor bruto de produção (VPB) de R$ 2,5 milhões. São 20 hectares dedicados à cultura, responsável por 1% de tudo o que Primeiro de Maio tirou da terra em 2020. É quem lidera a produção paranaense.

“A cidade é muito forte nas orelículas em geral, produz berinjela, vagem, abobrinha, jiló… Mas o destaque é a pimenta doce mesmo. É algo muito forte, que ajuda as famílias na composição de renda e gera a necessidade de contratação de mão de obra na época da colheita”, afirma o extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR) na região, Juvaldir Olímpio.

“Ela pode ser consumida frita, no molho da carne e na salada. Ou ainda em conserva, como geleia ou recheada. A pimenta doce é a marca de Primeiro de Maio”, acrescenta Olímpio.

Assim como outros tipos de pimenta, a doce carrega benefícios para a saúde da população. O principal, indicam especialistas, é a ação oxidante resultante de um composto muito presente nas pimentas, a capsaicina. Já a luteína, encontrada nas pimentas de cor verde, é excelente para a saúde geral dos olhos.

AEN