Eleito pelo partido Republicanos, Wilson Luiz Peres Pedrão, avaliou os primeiros duzentos dias de mandato a frente do poder Legislativo municipal. Além de projetos discutidos ao longo deste período, Pedrão conduziu a sessão extraordinária que cassou o mandato do então vereador, Adaílson da Costa, o Dadá; que busca reverter a decisão judicialmente.
Em entrevista concedida ao site da TV Cianorte, o presidente da Câmara respondeu diversas perguntas, revelou números expressivos de indicações e requerimentos e comentou como anda a relação entre vereadores e o prefeito Marco Franzato (PSD).
“Em pouquíssimas vezes, deparamos com um grau de dificuldade aumentado, podendo chegar a discussões mais calorosas, entretanto é normal e faz parte do processo”.
Os 200 dias a frente da Câmara
“Nesses 200 dias, através dos expressivos números alcançados no primeiro semestre, ficou nítido o grande envolvimento dos atuais vereadores, dentre eles, destaco: a proposição de 72 Indicações Legislativa, 492 Requerimentos e 995 Indicações. Além disso, soma-se ao fato de que a Câmara Municipal sofreu uma renovação de 90%, incluindo a mim. Assim, com certeza, aumentou bastante o desafio e as dificuldades no desempenho de meu papel como presidente. Contudo, apesar das muitas responsabilidades pautadas que nos são impostas, acredito que todos, cada qual em sua função, estamos fazendo um grande trabalho e respondendo com celeridade”.
Ações de maior impacto social
“São inúmeras, porém, na minha opinião, duas se destacam: a criação da Guarda Municipal e a implantação do Estacionamento Rotativo, na região central da cidade, pois ambas trarão grande impacto, principalmente, na área comportamental do cidadão, criando, inclusive, novos conceitos”.
A experiência de conciliar a vida privada com a pública
“A decisão de vivenciar meu papel como presidente da Câmara, com total dedicação, talvez seja este o meu maior desafio particular. Recentemente, aliás, terceirizei minha empresa, a fim de que possa estar concentrado totalmente nos afazeres da Câmara”.
A intermediação entre vereadores e prefeito, em momentos de tensionamento
“Depende muito do tema e da urgência, mas, normalmente, tem sido tranquilo e muito bem conduzido geralmente por mim ou pelo líder do governo. Em pouquíssimas vezes, deparamos com um grau de dificuldade aumentado, podendo chegar a discussões mais calorosas, entretanto é normal e faz parte do processo”.
A relação entre vereadores e prefeito
“A relação ocorre através de algumas visitas do prefeito à Câmara, bem como o contrário, a visita de vereadores de forma individual ou em grupos à Prefeitura. Além disso, contamos ainda com a boa vontade dos secretários que, quando chamados de pronto, estão presentes para dirimir qualquer dúvida existente. E há ainda reunião semanal entre com o prefeito Marco Franzato, para alinharmos as pautas e as estratégias para as melhores ações”.
A cassação de um vereador já no início da legislatura
“A cassação foi um momento ímpar para a Câmara e para toda a sociedade cianortense. Entretanto, é um momento de muito constrangimento e tristeza para todos, porque ninguém gostaria de passar por esse doloroso processo. Porém, conhecedor de minha responsabilidade, não fugi a minha obrigação em conduzir, junto aos demais vereadores, os ritos necessários para o desfecho do ocorrido”.
A grande lição e o que projetar para o futuro
“Precisamos trabalhar em grupos e em parceria, pois é fundamental a participação e a colaboração de todos dentro deste processo. Ressalto ainda, que as divergências de ideias e pensamentos são sadios e não tem interferido nos bons resultados finais, os quais acontecem e a sociedade espera desta Legislatura. Por fim, estamos convictos que os desafios que nos esperam pela frente são ainda maiores que os iniciais, contudo continuo confiante na minha capacidade, atualmente como presidente, de liderar este grupo e, com a colaboração e a boa vontade de todos, vencermos qualquer cenário desfavorável”.